Grupo de trabalho


"Achar

a porta que esqueceram de fechar.

O beco com saída.

A porta sem chave.

A vida."

Nesses cinco versos o poeta curitibano Paulo Leminski descreve a função do historiador melhor do que qualquer tratado de teoria da história. Buscamos por chaves que possam abrir portas. Portas que esqueceram de fechar e que por vezes permitem nossa entrada sorrateira através daquilo que poeticamente chamamos de vestígios do passado. Passado onde há outros, onde há tantos, onde há vida.

Somos muito antigos! Carregamos em nós vestígios do passado, anacronia que qualquer manual de história se recusa a reconhecer.

Os trabalhos que criaram o grupo Entremeios se puseram inicialmente diante de uma pergunta: "que tipo de conhecimento a imagem pode dar lugar?". Essa questão nos motivou e nos revelou a anacronia que todo historiador é ensinado a evitar. Talvez não tenhamos descoberto que tipo de conhecimento (no singular) a imagem é capaz de dar lugar, mas nos deparamos com conhecimentos (no plural).

Os textos que apresentamos nesse espaço são fruto de reflexões compartilhadas. Reflexões passionais, intelectuais, subjetivas, e nem por isso menos coletivas. São fruto de um trabalho teórico/prático que tem espaço nas nossas experiências conjuntas e individuais e que moldam a nossa formação crítica, intelectual e social. O grupo nasceu das inquietações da disciplina de História e Imagem, oferecida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no Campus de Seropédica (Baixada Fluminense), no inicio de 2019. Desassossegos que não couberam no período previsto pela grade.

Aqui vocês podem ver nossas questões ganhando forma, nosso conteúdo se solidificando, nosso verbo se fazendo carne. Aqui vocês podem ver um grupo de pesquisadores refletindo sobre as imagens, sobre arte, sobre memória e, principalmente, sobre o próprio ofício. Vocês podem ver historiadores experimentando os gestos de artistas para refletir sobre suas teorias e seus trabalhos de pesquisa. Porque, afinal de contas, quem foi que disse que o ofício do historiador está tão longe assim do ofício do artista?

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